quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quase

Ainda pior que a convicção do não, a incerteza do talvez
é a desilusão de um "quase".
É o quase que me incomoda, que me entristece, que
me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige, nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas,
nem que todas as estrelas estejam ao alcance,
para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos somente paciência,
porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando, vivendo que esperando
porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu!!

(Luís Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"Uma imaginação bem canalizada é fonte de grandes proezas."

domingo, 18 de janeiro de 2009

Coca ou Fanta???

Oh dúvida cruel....
A indecisão pode ser mais frequente do que você imagina. Que roupa escolher, para onde vai, que faculdade cursar. É nessas pequenas escolhas que reside a maioria dos problemas.
Muitos dizem que não ter uma decisão certa é falta de personalidade. Eu discordo. Só porque eu digo "tanto faz" na hora de escolher entre Xuxa e os Duendes e Branca de Neve não quer dizer que eu não tenha personalidade. Eu posso simplesmente gostar muito dos dois filmes e como não da para ver os dois ao mesmo tempo, fique um pouco (só um pouco) indecisa.
Tudo bem que às vezes falta de opinião possa irritar algumas pessoas, mas poouxa... Se ela não sabe escolher entre azul piscina e azul bebê não é o fim do mundo!! :P
Enfim, termino dizendo que, no meu caso, a indecisão faz parte da minha personalidade. Mesmo que Renata queira me jogar da ponte toda vez que eu digo "tanto faz" ou "sei lá", ela sabe que isso me torna uma pessoa singular, um pouco irritante [eu seii], mas é a vida, fazer o quê??